quinta-feira, 11 de novembro de 2010

OS DILEMAS DE JOSNELSON - PARTE 2


La familia

            Para entender melhor o “mundo” em que eu estava inserido na infância é preciso saber algumas coisas sobre minha família. Eu fazia parte de uma família nuclear convencional que era composta pelo pai mantenedor, mãe e um casal de irmãos sendo que eu era o filho do meio. Tinha os avós e bisavós maternos vivos, e mais as tias maternas e paternas.
            O pai se chamava Astro, de Astrogildo, e mantinha uma boa relação com os filhos. Era um homem muito honesto, responsável, trabalhador e, além disso, um ótimo profissional. Trabalhava na construção civil como mestre de obras autônomo, ou seja, sem carteira de trabalho assinada, e sua instrução acadêmica era apenas o equivalente a quarta série do ensino fundamental de hoje. A mãe, que atende pelo nome de Clementina, era dona de casa como manda o figurino. Fazia as refeições, limpava a casa, lavava as roupas e quebrava o galho nas horas necessárias. Foi mãe jovem e acredito que por isso teve facilidade de se relacionar com os filhos. Era muito inteligente, alegre, sonhadora e espontânea. O irmão mais velho, chamado Ladislau, era um exímio jogador de futebol, batia na bola com as duas pernas e tinha um chute muito forte. Sempre estava envolvido com futebol e, bem nos primórdios, me levava para seus jogos e campeonatos de futebol. Nos campeonatos eu atuava como carregador de mochilas, abastecedor das garrafas de água e torcedor incondicional do time dele, que logo já era meu também. Meu irmão só não curtia um tipo de campo, o que trocava as chuteiras pelo caderno e caneta, e nesse campo ele preferia ficar sempre no banco de reservas. Não concluiu o ensino fundamental. Minha mana caçula, Maria Amália, me rendeu inúmeros castigos nessa vida. Éramos como gato e rato, onde ela estava eu ia incomodá-la. Era a  preferida do papai . Muito comunicativa e bem alegre, sempre disposta a fazer novas amizades favorecida pelo seu inesgotável sorriso. Mesmo sendo mais nova conhecia mais pessoas que eu. Gostava de praticar esportes também e jogou futebol na escola.
            Depois de fazer um breve relato de como era cada um do núcleo familiar, falarei sobre algumas outras pessoas importantes na família. Começando pelo meu grande avô materno Aristóteles, mais conhecido como Ari. Funcionário público aposentado (lógico) de grande prestígio em sua repartição e no seu grupo de amigos. Foi presidente do time de futebol veterano com o qual passava grande parte do seu tempo. Tinha estabilidade financeira, era uma pessoa bem instruída e de uma educação impecável. Sempre me incentivou a estudar e me cobrava tanto ou mais que meus pais. Minha tia materna, Clotilde, é formada em administração, a primeira da família a ter graduação universitária. Minha outra tia materna, chamada Mirtes, acabou se formando depois de algum tempo em contabilidade. Não posso deixar de citar meus outros cinco irmãos por parte de pai, compostos por três homens e duas mulheres. A Vanusa era a mais velha, seguido de Roni Von, Jésse Valadão, Odair José e a última, mas não menos importante, Vanderléia. Acho que deu pra reparar que a mãe deles, que não era minha, tinha uma certa paixão por televisão e rádio. Cada um deles tem uma participação legal na minha vida. Mas isso é assunto para outros posts.
           
            Acho que pro momento essas informações já são suficientes. Até mais!

            Por João Gonçalves Neto

Não se esqueça de deixar um comentário, sua opinião é importante para nós!

Nenhum comentário: