terça-feira, 16 de novembro de 2010

MORADORES DE RUA


Como caminhar nas ruas de Porto Alegre e não prestar atenção aos inúmeros moradores de rua que encontramos na capital.
Você sabia que a pobreza é um dos fatores que mais contribui para o desequilíbrio social.
De que maneira não enxergarmos esses seres humanos que vivem fora do contexto social...
Como será que eles chegarem a este ponto?
Cada vez esta aumentando mais esta população em nossa cidade, seria por conta da falta de emprego, por questões financeiras, dependência química, problemas no âmbito familiar??? 
Onde podemos encontrar esta resposta, onde esta o governo para fazer um trabalho de inclusão social nas áreas menos favorecidas, abrir vagas nas escolas, abrir vagas nas creches, criar escolas técnicas para qualificar os jovens das periferias...é tanta promessa e mais promessa, estou cansada de ver os políticos fazerem diversas promessas, que não são cumpridas e que não saem da propaganda política.
A inclusão tem que começar, idéias novas têm que surgir, precisamos acabar com o sofrimento desses indivíduos, os quais por muitas vezes encontram a rua como moradia por terem perdido tudo em alguma catástrofe, por exemplo, acabam vivendo que nem bichos (sendo que por muitas vezes nem bicho vive assim),  por não terem escolha e nem apoio.
O programa de televisão A Liga, abordou este assunto há um tempo atrás, onde o apresentador foi passar alguns dias como morador de rua (não me recordo muito bem se estiver contando a história errada me corrijam), e viu de perto o descaso que a sociedade faz com esses indivíduos.
Das poucas pessoas que recebeu ajuda, um em especial me chamou a atenção, o apresentador do programa pediu para um senhor uma moeda para comprar algo para comer, e este homem disse que iria lhe pagar um almoço apesar de ter pouco dinheiro, pois já tinha vivido na pele como era não ter um lugar para morar e nem dinheiro para comer. No meio da conversa este homem conta sua história, e diz que viveu por muito tempo morando na rua, pois um dia um homem estuprou a sua filha e a matou, mas não foi preso, pois não havia ocorrido o flagrante pela policia, então este senhor resolveu fazer justiça com as próprias mãos e se não me engano matou o estuprador, depois disso sua vida acabou, enfrentou uma grande tristeza pela perda da filha e pela forma que encontrou de punir o homem que acabou com a sua vida, se tornou álcoolotra e foi morar na rua, porém depois de todas essas coisasterríveis que aconteceu ele conseguiu se levantar e recomeçar a vida novamente.
O que quero dizer contanto isso para vocês, é que por muitas vezes as pessoas vão para as ruas por outros motivos que não são as drogas e a bebida, o uso de substancias químicas são um reflexo da maneira que acabam vivendo, obvio que não se justifica, mas quero expor que nem sempre eles são marginais ou delinqüentes às vezes são pessoas normais que por perdas ou sofrimentos encontram a rua como saída.

Por Priscila Gonzales


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4 comentários:

marilene disse...

Que bom se todos os jovens venham a ter essa visão de inclusão social,pois essa nova sociedade que está se formando, depende dos novos formandos das universidades,dos jovens de hoje que estarão na administração do país amanhã.A inclusão social começa onde termina a esperança de melhoria de vida de muitas pessoas e com certeza melhora a sociedade.

Unknown disse...

Mais importante que a conscientização é a determinação de pessoas em alertar para o problema da inclusão social.
Parabéns pela iniciativa.

Vanessa M disse...

Acho muito importante não apenas entendermos o processo que leva alguem a morar nas ruas (que é realmente complexo), mas também entender nossa co-responsabilidade nos fatos sociais. Parabens pelo tópco Priscila!

Jéssica João Luciana Priscila e Thayane disse...

Nosso grupo agradece o comentário de todos.
Concordo plenamente que a inclusão social neste fato é de extrema importância para podermos dar um ponto de partida nesta questão sobre os moradores de rua, sem a inclusão é quase impossível reinserir estas pessoas novamente no âmbito social.
Professora Vanessa, muito obrigada por comentar, fiquei muito feliz por ter gostado hehehe.

Abraços,

Priscila Gonzales